segunda-feira, outubro 25, 2010

Qualquer

Hoje eu quero ficar só.
Quero socar as paredes,
Quebras os copos,
Arranhar-me a face.
Gritar!
Pedir a alguém que
me tranque..eu não me deixe sair, nunca mais.

Hoje eu quero ficar só.
Chutar a lixeira e remexer os seus destroços,
Os meus pedaços,
As nossas recordações.
Arrancar meus cabelos.
Gritar!
Até perder a voz.

Sentar-me num canto qualquer,
Beber uma cerveja qualquer,
Beijar uma boca qualquer,
Viver uma vida qualquer.

segunda-feira, outubro 18, 2010

A mais pura verdade

Você é o pedaço de mim que prefiro me livrar, esquecer.
Porém, assim como as outras, és tão importante para o bom andamento do meu ser.
Como posso querer me livrar de algo que me é tão essencial? De algo que sou tão dependente?

Você é a parte que me causa dor.
Que apesar de tudo, me faz sonhar em meio a delírios de dor e ao mesmo tempo, me prende à infeliz realidade, enquanto sinto o insupórtável.

Por mais que a vontade seja grande, não posso te perder.
Você faz parte de mim.

Sem você, me faltaria algo para sempre.
Sem você, seria incompleta para sempre.
Sem você, o que seria de mim?

quinta-feira, outubro 14, 2010

Às vezes

Às vezes, é preciso ver para crer.
Ver, o que esteve o tempo todo ao seu alcance e crer, que você a perdeu.

Passou tanto tempo lutando para manter algo vivo, sustentou toda a situação sem reclamar. Tentou manter algo pelos dois, que ''supostamente", era importante para ambos porém, quanto mais o tempo passava mais era possível se dar conta de que um amou pelos dois, um se preocupou pelos dois, um se arriscou pelos dois. Não era algo recíproco.
Não iremos mentir ao dizer que, quando se trata do ser humano, esperamos algo em troca, o mínimo que seja. Para nos sentir aliviados, correspondidos e agradecidos.

E quem deveria perder, não perde. Então você pensa em como é injusto.
Vê o quanto te machuca aguentar tanto por tão pouco.

Então, quase um ano depois, você olha de longe o passado e percebe que nada mudou. Você continua a lutar para manter algo vivo, aguentar sem reclamar, a diferença é que você está sozinho agora. Luta por você mesmo, para lhe manter vivo ao ver que o outro respira livremente sem você.

sábado, outubro 09, 2010

Baby

Baby eu quero morar em seus braços.
Não quero mudar isso que existe, só tenho medo que o tempo mude por nós.
Queria viver aquela tal estória que um dia sonhamos.
Só me diga que iremos vive-la, mesmo que seja mentira, se não eu morro.
Eu juro que saberei entender o que o destino nos reserva.
Só não me peça para te esquecer, não agora.
Não me peça para ser realista, não agora.
Sonhar é a melhor coisa que existe entre nós,
E você é o meu melhor sonho.

Baby eu quero você
Mesmo que haja mil motivos para não ter.
Eu buscaria cada pedaço de você, em cada parte do mundo.

Baby eu te amo
Mesmo que seja impossível amar.
Esse amor é mais do que palavras.
É imensidão e estará onde você estiver.
Só não desista dele por que eu ainda quero morar em seus braços.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Faz parte

A gente pensa que quando encontra alguém, vamos ser correspondidos da mesma forma, é essa nossa pretensão.
Aí,então, descobrimos o inesperado e isto nos desaponta. Ficamos desapontados por não sermos correspondidos a altura, por não ter alguém que faria as mesmas loucuras.
O Amor é inferior e isso parece não bastar.


Egoísmo?
Sim, é.
Faz parte de nós.
É impossível aceitar, é se sentir desvalorizado.
O que se senti é um vazio, inexplicável.
É querer e não poder.
Se sentir impotente em não poder mudar os sentimentos de quem se ama.
É não poder viver os contos de fadas.


O pior é ser sincero o tempo todo e descobrir que isso não é importante.
Que mostrar os sentimentos, nem sempre é a melhor idéia.
É, enfim, mostrar alguém o que é capaz de fazer e sentir e esse alguém não te entender, debochar e achar de outro mundo esse sentimento, não acreditar, não aceitar e não corresponder.
É tentar lutar por algo que já está perdido.
Como suportar tudo isso?


A gente espera e cansa.
E volta pra a realidade, com o ser partido em dois:
O que ficou pra contar a história
E o que morre aos poucos, com as feridas abertas.