Nunca tinha visto nada parecido.
Essa foi a impressão que ficou: medo.
Tudo parece tão fácil enquanto a redoma de vidro existe e de fato é, quando se está dentro dela.
Andando entre a multidão, senti que podia enxergar realmente como o mundo era.
Sentir correr pela veia a adrenalina de lutar para não ser atingido por um tiro ou simplesmente, ficar vivo.
Mas é andar no meio desses turbilhões é viver a vida.
Enquanto puder me fazer de louca, poderei ser livre.
A loucura justificará meus atos, não serei condenada por isso.
E quem não mente?
Andei devagar pela beirada, com medo de cair.
Vivi sempre no meio da sensibilidade, de mãos dadas com a sensatez.
No entanto, nada tira a vontade de me jogar no penhasco, só pra saber como é.
E se eu quebrar a cara, valeu a pena curtir a liberdade de ter pulado.
Afinal, ninguém vai saber que tudo é real.
Estarei me fazendo de louca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário